28 março 2011

{Resenha} A Última Música

Ronnie - apelido de Verônica Miller - é uma adolescente rebelde, que mora com sua mãe e seu irmão caçula, na cidade de Nova York, porquanto seus pais são divorciados. Ela se descabela ao saber que terá que passar suas férias de verão na Carolina do Norte, com seu pai, após três anos sem falar com ele. O pai de Ronnie, ex-pianista, passa a maior parte do livro absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local, que fora incendiada misteriosamente. Ronnie rejeita a aproximação de seu pai, demonstrando sempre que fora obrigada a estar ali, manifestando interesse de voltar para Nova York antes do verão acabar... Até que conhece Will, fazendo com que Ronnie conheça a felicidade e uma dor jamais sentida. É uma história inesquecível, onde o amor e o perdão se demonstra suficiente para um recomeço e amadurecimento. A Última Música demonstra as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar seu coração. 

Nicholas Sparks é um excelente escritor e em A Última Música não foi diferente. Ele nos apresenta uma comovente história sobre família, amizade, amor, amadurecimento e especialmente sobre como perdoar e recomeçar. Assim como em suas outras três obras (Diário de uma Paixão, Querido John e Noites de Tormenta), o escritor começa com o que parece ser o último capítulo do livro, fazendo com que o leitor procure entender o que houve com o personagem para ele chegar a essas conclusões aparentemente iniciais. 

Verônica ou Ronnie, como quiser, é uma adolescente rebelde de 17 anos... usa roupas pretas e mexa roxa no cabelo, tentando disfarçar quem realmente é, pois quando o seu irmão precisa dela, é a mais doce pessoa do mundo. 
Ronnie se vê obrigada a ir passar o verão com seu pai, com quem não fala há 3 anos. Está indignada com o fato dele ter abandonado ela, sua mãe e seu irmão... fato este que a leva a odiar o piano, instrumento que sabe tocar desde pequenina e que aprendeu com seu pai. 

Verônica chega à Carolina do Norte desejosa em voltar para Nova York. Ficar numa pequena localidade, com pessoas desconhecidas, sem nada pra fazer e, inclusive, morar numa velha casa de frente para o mar, convivendo longos dias com seu pai, não estava em seus planos. Ronnie mal para em casa nos primeiros dias que chega... evitando seu pai, claro, que sempre estava tocando piano na sala. Foi numa dessas saídas que ela conhece Blaze, sua amiga e desespero ao longo da leitura do livro; Marcus, seu pesadelo e, também, aquele que mudaria algo em seu coração: Will. 

Interessante é quando Steve, pai de Ronnie, para de tocar piano em casa para satisfazer a vontade da “brava” Ronnie, e constrói uma parede e esconde o piano, como prova de que está disposto a tudo para mostrar o quanto a ama. Durante todo o verão ele faz isso, busca maneiras de demonstrar a amplitude dos sentimentos dele. 

Mas, é quando Ronnie descobre um ninho de tartarugas marinhas, espécie ameaçada de extinção, e tenta protegê-lo, é que a história e a vida da protagonista vai mudando... sutilmente, ela vai se aproximando de seu pai, além da inesperada paixão pelo voluntário do aquário, Will, que aos poucos a obriga a baixar a guarda e dar uma oportunidade ao amor. E enquanto ela se diverte com Will, o pai e o irmão trabalham num pequeno projeto para a igreja que fora incendiada e era paixão do pai de Ronnie. Mas, caminhando mais na história, Ronnie descobre o verdadeiro motivo desse verão ser tão importante para seu pai – e que acaba se tornando também para ela. 

O livro nos leva a conhecer as histórias de cada personagem e os vários tipos de amor, principalmente o amor de Deus, onde Steve, pela fé e amor, se agarra para reconstruir os laços perdidos com seus filhos... Ele tenta se reaproximar dela através da única coisa que eles têm em comum - a música. É uma lição. 
É interessante também esse processo de amadurecimento da personagem, seus medos, os problemas que enfrenta, pois, no fundo, todos temos um ressentimento com alguém, uma mágoa, uma cicatriz bem profunda e o livro demonstra que o tempo é precioso demais para se gastar com rancores. 

A Última Música é uma história simples, mas com um real significado: o perdão e a capacidade que o amor tem para nos transformar e amadurecer, mesmo que através da dor. 

"A vida, entendeu, era bem parecida com uma música.
No começo há mistério, e no final, confirmação, mas é no meio que reside a emoção e faz com que a coisa toda valha a pena. (...)
Finalmente, havia entendido que a presença de Deus está em todo lugar, em todos os momentos e é sentida, em um momento ou outro, por todas as pessoas. (...)
Deus, entendeu subitamente, era o amor em sua mais pura forma." (Página 369)

Dados técnicos:
Título Original: The Last Song
Autor: Sparks, Nicholas
Editora: Novo Conceito
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance
Número de Paginas: 400

Quem fez esse post? A irmã mais velha de Amanda Abreu, Carina Abreu. Bacharel em Direito e noiva de Rafael, é apaixonada por livros desde pequena e compartilha essa paixão com a irmã mais nova. É fã dos livros do Nicholas Sparks e Agatha Christie. Você pode encontrá-la no twitter.

2 comentários:

IM disse...

Cara, adorei o post da sua irmã ô/ Jpa tinha vontade de ler o livro,agora quero mais ainda ria ria q

IM disse...

já* q

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Amanda, ou Tama, ariana de 17 anos. Formanda, viciada em muitas coisas, projeto de geek e chata de coturnos, porque galocha não é legal.

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